sexta-feira, 27 de março de 2009

CONGRESSO MUNDIAL DE ESTUDOS INSULARES – MADEIRA – 26 a 30 de Julho de 2010

O Centro de Estudos de História do Atlântico, enquadrado no programa das comemorações dos 25 anos de actividade da instituição, decidiu realizar um congresso subordinado ao tema Estudos Insulares. Tal evento assumirá preponderantemente a forma de debate, o qual não se deverá restringir apenas à História mas pretende-se que seja alargado às outras ciências. Os grandes temas que propomos são: o Mundo das Ilhas, as Ilhas Míticas e Fantásticas, as Ilhas na Ficção e Literatura, Historiografia, Geografia, Formas e Metodologias: Insularidade, Identidade, Nissologia.

O encontro terá lugar no Funchal (Ilha da Madeira – Portugal) nos dias 26 a 30 de Julho de 2010.
Aceitam-se inscrições para painéis e intervenções livres até ao dia 30 de Junho de 2009.

Toda a informação deverá ser solicitada ao coordenador do encontro com as seguintes coordenadas:

Alberto Vieira
Email: avieira@inbox.com, ou alberto.vieira@madeira-edu.pt

[post modificado a 22 de Maio]

Debate: Repensar os Estudos Insulares Hoje

1. Apresentação. O presente milénio é considerado como sendo o do Pacifico e das ilhas. Esta ideia de G. McCall revela a importância que as ilhas assumem na comunidade científica actual. 
A valorização das ilhas no pós Segunda Guerra Mundial está na origem da afirmação dos estudos sobre o mundo e a realidade insulares: “Ao longo da História, as ilhas foram menosprezadas e cobiçadas. Depois da Segunda Guerra Mundial, a emergência dos Estados insulares no concerto das nações, a Convenção sobre os Direitos do Mar, a definição da Zona Económica Exclusiva (ZEE) e o incremento do turismo provocaram mudanças de tal ordem na percepção da insularidade que, em certos meios leigos e eruditos, passou-se a falar dos “mares das ilhas”, do “milénio dos ilhéus” e mesmo da Nissologia “ciência do mundo insular”. (TOLENTINO, ANDRÉ CORSINO, 2006). A História tem evidenciado esta situação a ponto de F. Braudel afirmar que “La gran historia, en efecto, pasa frecuentemente por las islas; acaso sería mas justo, tal vez, decir que se sierve de ellas” (BRAUDEL,1953, p. 129). 
São múltiplos os motivos que conduzem a esta situação e que fazem com que o mundo insular adquira cada vez mais importância nos areópagos científicos internacionais, com particular incidência para a França, Canadá e Austrália. O debate científico insiste cada vez mais em perspectivas interdisciplinares, sendo a valorização do universo insular resultado primeiro da preocupação de geógrafos e antropólogos. O alargamento do debate às demais ciências acontece por força deste impulso inicial. 
A definição do espaço e a forma como este interage com a população e a influencia nos diversos níveis é uma dominante dos debates. Dentro deste contexto podemos assinalar a problemática da insularidade e a forma como ela interage com a política, economia, sociedade e psicologia. Aqui a literatura procura rastrear as influências desta situação na produção literária. A isto junta-se a ideia de um espaço próprio que as ilhas definem e que condiciona de forma evidente a sua História e a dos seus habitantes. A definição de uma identidade insular conduz por fim a um discurso académico que está na origem da Nissologia, definida à letra como a ciência das ilhas.

2. Coincidindo com a publicação do primeiro número do Anuário do Centro de Estudos de História do Atlântico, e num momento de refundação da própria instituição, com as mudanças em curso no presente ano, enquadrado no programa das comemorações dos 25 anos de actividade da instituição, considerou-se por bem dedicar este volume a um debate alargado sobre os conhecimentos e saberes das ilhas. Aqui pretende-se fazer o ponto da situação dos estudos realizados desde a década de oitenta até ao presente momento, bem como colocar questões e linhas orientadoras sobre a investigação presente e futura sobre o universo insular. Hoje, mais do que a relação das ilhas com os continentes ou com as metrópoles, interessa conhecer a realidade das próprias ilhas. Foi neste sentido que surgiu na década de oitenta do século passado a Nissologia, que queremos seja uma referência para este debate que pretendemos realizar.
A nossa preocupação e âmbito de actuação não se prendem apenas com as ilhas atlânticas mas abarcam todas as ilhas do Mundo, cuja presença é mais evidente na nossa sociedade. Assim, traremos ao debate especialistas das ilhas Atlânticas (Madeira, Açores, Canárias, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Santa Catarina, Prince Edwards Islands, Irlanda, Guernsey...), do Mediterrâneo (Sicília, Crete, Córsega, Baleares, Sardenha...), Caraíbas (Cuba, Puerto Rico, Jamaica, Santo Domingo, Guiana, Virgin Islands...), Índico (Maldivas, Maurícias, Seychelles, Madagáscar, Reunião, Zanzibar...), Pacífico (Papua Nova Guiné, Fiji, Havai, Nova Caledónia, Nova Zelândia, Filipinas, Samoa, Solomon, Tahiti, Taiwan, Macau, Timor...).

O debate a ser realizado não se deverá restringir apenas à História mas pretende-se que seja alargado às outras ciências. Os grandes temas que propomos para debate são: o Mundo das Ilhas, as Ilhas Míticas e Fantásticas, as Ilhas na Ficção e Literatura, Historiografia, Geografia, Formas e Metodologias: Insularidade, Identidade, Nissologia.
O encontro propiciador do debate mencionado terá lugar no Funchal (Ilha da Madeira – Portugal) nos dias 26 a 30 de Outubro de 2009.
Aceitam-se inscrições para painéis e intervenções livres até ao dia 30 de Junho de 2009.
Toda a informação deverá ser solicitada ao coordenador do encontro com as seguintes coordenadas:

Alberto Vieira
Email: avieira@inbox.com, ou alberto.vieira@madeira-edu.pt

[post modificado a 22-05]

25 Anos do CEHA - Mudanças

O Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA), criado em 1985 pelo Governo Regional da Madeira, para dedicar-se ao estudo comparado dos arquipélagos atlânticos da Macaronésia, tem desenvolvido nos últimos anos um conjunto significativo de actividades no sentido da promoção dos estudos destes arquipélagos, com especial destaque para as análises comparadas. Agora, a completar vinte e cinco anos de actividade, pretende-se dar um novo impulso à instituição alargando o espaço de intercâmbio e de debate às demais ilhas do mundo. Para além disso, a inauguração de um novo espaço físico de trabalho vai permitir uma maior intervenção e cooperação, ficando assim apto a receber investigadores nacionais e estrangeiros que pretendam realizar pesquisas entre nós.

Nesta nova fase da instituição pretendemos estabelecer convénios de cooperação com outras instituições e cooperar na realização de eventos e projectos de investigação que tenham as ilhas como referência fundamental. Deste modo entramos em contacto convosco, investigadores e académicos, no sentido de demonstrar a nossa disponibilidade em cooperar na pesquisa e divulgação dos estudos insulares.

De entre os projectos que estamos empenhados no presente momento, e relativamente aos quais gostaríamos de poder contar com a vossa colaboração, destacamos o primeiro numero do Anuário do Centro de Estudos de História do Atlântico, que será dedicado a repensar os Estudos Insulares; para além disso estamos preparando um Congresso sobre os Estudos Insulares a ter lugar de 26 a 30 de Julho do próximo ano, como forma de comemorar os 25 anos de actividade do CEHA a 30 de Julho de 2010. 

segunda-feira, 9 de março de 2009

Pedido

O primeiro post do blogue do Centro de Estudos de História do Atlântico é um pedido. É conhecida a dificuldade, sentida por alguns investigadores, não obstante os hodiernos modos de pesquisa online, de se arrolarem todos os artigos - insertos em publicações periódicas científicas e académicas - sobre uma determinada problemática histórica ou acerca do devir histórico de um espaço.
Deste modo, se for do conhecimento dos visitantes deste blogue algum artigo ou recensão crítica relacionados de algum modo com a História do Arquipélago da Madeira, inserido em revistas científicas e académicas de Portugal continental, restante Europa e América do Norte e do Sul - solicitamos que tal referência nos seja facultada. Poderá ser feito tal obséquio por intermédio de comentário ou, preferencialmente, através do envio de email (na barra lateral direita deste blog).
Se o número de referências bibliográficas for substancial, usaremos este mesmo espaço para apresentá-las, de maneira organizada e uniformizada, contribuindo para a sua divulgação.
Os nossos agradecimentos atempados.